JUSTIÇA


Moraes dá 24 horas para polícia explicar demora no retorno de Bolsonaro à prisão domiciliar após hospital

Ministro do STF quer detalhes sobre transporte, agentes envolvidos e motivo de permanência do ex-presidente após alta médica

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (15) que a Polícia Penal do Distrito Federal apresente, em até 24 horas, um relatório detalhado sobre a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a ida ao hospital DF Star, no domingo (14).

Entre os pontos exigidos por Moraes estão a identificação do veículo utilizado no transporte de Bolsonaro, o nome dos agentes que o acompanharam dentro do quarto e a justificativa para a não realização do deslocamento imediato após a liberação médica. O prazo começa a contar a partir da notificação oficial da Polícia Penal.

Segundo a TV Globo, ao deixar a unidade de saúde, Bolsonaro permaneceu por mais de seis minutos ao lado do carro oficial, cercado por apoiadores que tiraram fotos e entoaram palavras de ordem. Ele estava acompanhado dos filhos Jair Renan e Carlos e usava um curativo abaixo do pescoço.

No boletim médico divulgado, o DF Star informou que o ex-presidente passou por procedimento para remoção de oito lesões de pele, sob anestesia local e sedação. As amostras foram encaminhadas para biópsia. Os exames também apontaram anemia e imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração. Bolsonaro recebeu reposição de ferro por via endovenosa e terá acompanhamento complementar.