ECONOMIA


INSS recebeu em uma semana mais de 1,7 milhão de pedidos de reembolso por descontos irregulares

Sistema lançado pelo governo para identificar fraudes em benefícios já registra milhares de consultas e contestações

Foto: Agência Brasil

 

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou que, em apenas uma semana, 1.748.674 aposentados e pensionistas solicitaram reembolso devido a descontos indevidos em seus benefícios, relacionados a entidades associativas. O sistema de consulta, criado para detectar possíveis fraudes, já contabilizou 1.784.528 acessos até às 17h da última terça-feira. Dentre esses, somente 35.854 pessoas confirmaram ter autorizado os descontos, enquanto a maioria expressiva dos beneficiários afirmou desconhecer as cobranças e pediu a devolução dos valores.

A grande maioria dos acessos ao sistema, cerca de 91,6%, foi realizada por meio do aplicativo Meu INSS, totalizando 1.635.463 acessos. Os demais 8,4%, ou 149.065 consultas, foram feitas via Central Telefônica 135. Até o momento, 41 entidades foram identificadas como responsáveis por descontos não autorizados, sendo contestadas pelos aposentados e pensionistas afetados.

A investigação conduzida pela Polícia Federal revelou um esquema fraudulento em que entidades associativas realizavam descontos sem a devida autorização dos segurados, muitas vezes utilizando assinaturas falsificadas. Estima-se que o prejuízo das vítimas tenha alcançado R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024. Para verificar se foi alvo da fraude, os cidadãos devem acessar o aplicativo Meu INSS e consultar os descontos em sua folha de pagamento. Caso identifiquem cobranças desconhecidas, podem contestá-las diretamente pelo app ou através do telefone 135.

As entidades envolvidas têm um prazo de 15 dias úteis para fornecer ao INSS documentos que comprovem a autorização dos descontos por parte dos beneficiários. Caso não consigam validar suas ações, o valor contestado será restituído ao aposentado ou pensionista por meio da folha de pagamento. As informações foram divulgadas pelo G1, que acompanha de perto o desenrolar deste caso e suas implicações para os segurados do INSS.