POLÍTICA


Oposição na Câmara de Salvador vota contra LDO 2026 por não reduzir injustiças tributárias

A líder, vereadora Aladilce Souza, destacou falta de recursos para áreas estratégicas para a inclusão

Foto: Divulgação/CMS

 

Liderada pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB), a Bancada de Oposição na Câmara de Salvador votou contra o Projeti da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO/2026), por entender que a proposta do Executivo é excludente, agravando as desigualdades sociais e injustiças tributárias. Como exemplo, ela citou a questão da regularização fundiária, ignorada pela proposição apesar de existir legislação municipal prevendo. A previsão de receitas totais para o próximo ano é de R$13,1 bilhões. Com a aprovação da matéria pela bancada da maioria, a Câmara entra no recesso de meio de ano, só retornando os trabalhos legislativos dia 4 de agosto.

“Na Orla Atlântica, todo mundo tem sua escritura de terra, tem sua propriedade, seu móvel. Mas na maioria da cidade, nos bairros de periferia, quase ninguém tem a posse. Tem gente que ainda paga o foro e paga IPTU. E isso precisa ser resolvido. Está na Constituição a determinação para correção, para reparação dessa desigualdade. Mas o Executivo ignora e vem mais uma vez para está Casa uma LDO que não trata desse tema”, argumentou.

Aladilce e os demais vereadores da oposição apontaram, também, a evidente falta de prioridade orçamentária para secretarias como Reparação e Sustentabilidade e Resiliência. “Num momento que nós estamos em emergência climática, que temos Salvador já com elavação de temperatura, com graves desmatamentos de Mata Atlântica, o prefeito só pensa em leiloar áreas verdes”, criticou, ressaltando também a falta de previsão orçamentária para a recém-criada Secretaria do Mar.