POLÍTICA


João Roma critica prisão de Bolsonaro e fala em ‘perseguição política’

Ex-ministro diz que decisão é desproporcional e coloca saúde do ex-presidente em risco

Foto: Alan Santos/ PR

 

O ex-ministro da Cidadania e presidente do PL na Bahia, João Roma, classificou neste sábado (22) como “injustificável, desproporcional e profundamente preocupante” a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que a medida causa “profunda indignação” e representa “mais um capítulo de uma perseguição política evidente”.

Roma disse que a decisão busca transformar “adversários em inimigos” e tem como objetivo pressionar o ex-presidente. “Estão querendo torturar Bolsonaro, física e psicologicamente, usando o aparato estatal para pressionar, humilhar e destruir quem representa milhões de brasileiros”, declarou.

O dirigente criticou ainda o momento da prisão, citando o estado de saúde do ex-presidente. Ele lembrou das crises de soluço, das complicações decorrentes da facada sofrida em 2018 e das cirurgias posteriores. Para Roma, submeter Bolsonaro a uma prisão nessas condições é “um ato de absoluta crueldade e desumanidade”.

Ele questionou a justificativa da medida. “Como um homem nessa condição iria provocar uma fuga, ainda mais com o aparato de segurança que tem sido montado contra ele?”, disse. “O que está acontecendo com Bolsonaro não tem precedente na história do Brasil.”

Roma afirmou que a prisão não se apoia em fatos concretos, mas em um “ambiente de hostilidade e revanchismo” contra a liderança política do ex-presidente. “Não se prende uma ideia, não se prende um movimento que nasce do povo”, declarou, dizendo ver “um ataque direto ao Estado de Direito”.

Para ele, o episódio tenta criminalizar um projeto político. Roma concluiu dizendo que Bolsonaro mantém apoio popular. “Bolsonaro não está sozinho. O povo está ao lado dele. Isso eles não vão conseguir mudar”, afirmou.