JUSTIÇA


Defesa de Cid pede ao STF reconhecimento do cumprimento de sua pena

Segundo os advogados, somando a prisão preventiva em vigor e as medidas cautelares, o tenente-coronel já cumpriu a pena

Foto: Ton Molina/STF

 

Um dia depois da condenação no julgamento da ação penal da trama golpista, a defesa do tenente-coronel Mauro Cid protocolou um pedido, nesta sexta-feira (12), no Supremo Tribunal Federal (STF), para que seja reconhecido o cumprimento de sua pena.

Segundo os advogados, ao totalizar o tempo em prisão preventiva com o período em que esteve sob medidas cautelares, Cid já cumpriu tempo superior ao que foi estabelecido pela Primeira Turma em seu cordo de delação premiada.

No documento, endereçado ao ministro Alexandre de Moraes, a defesa, liderada pelo advogado Cezar Bitencourt, pede a “imediata revogação das cautelares diversas da prisão”, o que também inclui a retirada da tornozeleira eletrônica.

O argumento central dos advogados é que o tempo em que Cid esteve com a liberdade restringida deve ser descontado da pena final (detração). O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi preso preventivamente em maio de 2023 e, desde setembro do mesmo ano, cumpre medidas como recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana, além do monitoramento eletrônico.

“Considerando a pena imposta foi de dois anos, e que Mauro Cid está com restrição de liberdade havidos mais de dois anos e quatro meses […] extinto está, fora de toda dúvida, o cumprimento da pena”, afirma o pedido.