POLÍTICA


Flávio diz que decisão do STF que mantém condenação de Bolsonaro é uma ‘farsa’

Segundo o senador, o resultado do julgamento no STF já estava definido e acusa Alexandre de Moraes de agir por 'vingança pessoal'

Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado

 

Após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para manter a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão, o senador Flávio Bolsonaro (PL) classificou o julgamento como uma “farsa” e disse que o resultado já era conhecido antes mesmo do processo.

“Uma farsa em que já se sabe o resultado final antes mesmo de o processo começar, não pelo que está nos autos, mas em função de quem está julgando”, declarou em entrevista à CNN.

Com a possibilidade de o ex-presidente cumprir pena em regime fechado, Flávio disse esperar que Bolsonaro permaneça em casa. “Já que ele foi condenado sem ter feito absolutamente nada de errado, o mínimo que se espera é bom senso e que ele fique em casa”, afirmou o senador, destacando preocupações com a condição de saúde do pai.

Flávio também acusou o ministro Alexandre de Moraes de motivação pessoal no caso. “Trata-se de uma vingança pessoal e insana, sem nenhuma justificativa. Se fosse com o ex-presidente Temer, ele jamais faria o que está fazendo com Bolsonaro. É público e notório que Bolsonaro precisa de cuidados médicos permanentes e, às vezes, imediatos. Como todos sabem disso, inclusive o ditador, só posso concluir que ele quer que Bolsonaro morra”, disse.

O senador também afirmou que a decisão não impedirá o ex-presidente de continuar sendo uma liderança política. À CNN, ele declarou que “não vão calar Bolsonaro nunca” e criticou o impacto da condenação. “Condenar o maior líder da direita na mão grande, num processo ilegal em que as provas atestam a sua inocência, é o sepultamento da democracia”.

A Primeira Turma do STF formou maioria com os votos dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin para manter a condenação. O entendimento seguido foi o de que os argumentos levantados pela defesa já haviam sido analisados anteriormente pelo colegiado. O grupo também julga recursos de outros réus do caso, e a tendência é de rejeição das contestações.