POLÍTICA


‘Condenado não por corrupção, mas por vingança’, diz Roma ao comentar processo contra Bolsonaro

O presidente do PL na Bahia também afirmou que a decisão do STF reforça o que considera uma perseguição sistemática contra o ex-presidente

Foto: Divulgação/Assessoria

 

O presidente do PL na Bahia, João Roma, criticou nesta terça-feira (25), a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de determinar a execução das penas dos condenados pela tentativa de golpe de Estado. Segundo Roma, o desfecho do julgamento era “um processo de cartas marcadas”, porque, segundo ele, “antes mesmo da sentença, todos já sabiam qual seria o resultado”.

“É impossível chamar isso de Justiça. O que vimos foi um processo com resultado anunciado, em que a condenação de Bolsonaro já estava escrita antes mesmo dos votos. Não se trata de julgamento, mas de vingança política, algo sem precedentes na história do Brasil. O processo foi apenas para dar um ar de Justiça, mas todo mundo já sabia qual era o resultado que eles queriam: a condenação de Bolsonaro, que vem sendo vítima de uma perseguição que só se vê em países autoritários”, declarou Roma.

O dirigente baiano afirmou que a decisão da Corte reforça o que considera uma perseguição sistemática contra Bolsonaro, que “vem sofrendo humilhações sucessivas, pressões psicológicas e ações desumanas por parte de setores do Judiciário”.

Roma destacou que Bolsonaro está sendo condenado e mantido preso não por corrupção, mas por motivos políticos, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e antigos aliados do PT “retornaram ao poder mesmo após escândalos comprovados”.

“Bolsonaro não foi condenado por desviar dinheiro público, por roubo, por corrupção. Nada disso. Ao contrário de Lula e de tantos aliados do PT, que estiveram no centro dos maiores escândalos da história. Bolsonaro é preso e condenado por perseguição política, por um sistema que tenta calar quem representa milhões de brasileiros”, afirmou.

O dirigente do PL baiano também voltou a denunciar que o ex-presidente tem sido submetido há meses a uma “verdadeira tortura psicológica” e classificou como cruel o fato de o STF manter a prisão num momento de fragilidade de saúde. “Estão querendo destruir Bolsonaro física e psicologicamente. Ele enfrenta crises de soluço, vômitos, e complicações sérias da facada que quase o matou. Submeter um homem nessa condição a esse tipo de prisão é crueldade deliberada. Estamos falando de um homem de 70 anos com diversos problemas de saúde. Isso é desumano”, salientou.

O ex-ministro criticou diretamente a atuação do ministro Alexandre de Moraes e da Primeira Turma, acusando a Corte de agir com “passionalismo” e “viés ideológico”. “Estamos vendo decisões que lembram tribunais de regimes autoritários. O Supremo, que deveria pacificar a nação e defender a Constituição, virou palco de posições ideológicas radicais. Isso não fica atrás do tribunal montado por Hugo Chávez na Venezuela”, disparou.

Ao comentar o impacto político da decisão, Roma afirmou que o objetivo final da perseguição é atingir não apenas Bolsonaro, mas o movimento político que ele representa. “Não se prende uma ideia, não se prende um movimento que nasce do povo. O que está acontecendo é uma tentativa explícita de criminalizar um projeto político e silenciar milhões de brasileiros que acreditam em um Brasil livre, soberano e sem corrupção, um Brasil que respeita e valoriza a família, a fé em Deus e os bons valores”, frisou.