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Lima decreta estado de emergência a pouco mais de um mês da final da Libertadores

Medida visa conter onda de violência e protestos na capital peruana; decisão vale até uma semana antes da partida marcada para 29 de novembro

Foto: Olavo Guerra/Corinthians

Faltando pouco mais de um mês para receber a final da Copa Libertadores, a cidade de Lima, capital do Peru, entrou em estado de emergência. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (22) pelo presidente do país, José Jerí, com o objetivo de conter a onda de criminalidade.

A metrópole tem sido palco de protestos que pedem por ações contra a violência em Lima. A medida do governo tem prazo de um mês e se encerra uma semana antes da disputa da final da Libertadores, marcada para o dia 29 de novembro, no Estádio Monumental de Lima.

A Conmebol, organizadora do torneio, não se pronunciou sobre a medida de Jerí e segue com a partida na capital do país.

Em 2019, a entidade viveu algo parecido. A final daquele ano, entre Flamengo x River Plate, estava previamente marcada para Santiago, no Chile, no entanto, precisou ser transferida para Lima duas semanas antes por conta de uma onda de protestos no país.

Situação de Lima

As ondas de manifestações tomaram conta da capital peruana após a morte do rapper Trvko na última quarta-feira (15), quando o artista foi morto durante um dos atos que pede o combate à violência, o fechamento do Congresso, a convocação de uma assembleia constituinte para redigir uma nova Constituição e a saída do presidente interino José Jerí.

Jerí assumiu o poder no dia 10 de outubro após Dina Boluarte sofrer impeachment por conta de “incapacidade moral”. Ela foi acusada de diferentes casos de corrupção, entre eles, o “Rolexgate”, que investiga uma coleção de relógios de luxo não declarados. Dina foi afastada de forma unânime pelos 122 deputados.

Os protestos tiveram início ainda com Dina no poder, em setembro. O governo também realizou uma reforma no sistema de aposentadoria do país, passando a obrigar os peruanos acima de 18 a aderirem um provedor de pensão. Como resposta, os jovens se mobilizaram e foram às ruas.