JUSTIÇA


STF avalia mudança futura no regime de Bolsonaro, mas descarta domiciliar no curto prazo

Ministros veem necessidade de manter postura de firmeza diante das violações do ex-presidente e temem riscos políticos

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Os membros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que é questão de tempo para que o regime prisional do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mude. De acordo com informações da CNN, os magistrados apostam que, no curto prazo, está descartada a chance de o ministro Alexandre de Moraes conceder prisão domiciliar para Bolsonaro.

Entre os motivos, está a necessidade de reforçar uma imagem de força do STF, além da tentativa do ex-presidente de violar a tornozeleira eletrônica.

O Supremo teme que, se obtiver a prisão domiciliar, Bolsonaro adote alguma estratégia de se abrigar em uma representação diplomática.

Por outro lado, o STF entende que, para 2026, caberia o regime domiciliar diante do quadro de comorbidades físicas do ex-chefe de estado, que convive com crises de soluço e enjoo permanentes.

Os magistrados avaliam que seria mais seguro conceder o regime domiciliar após a conclusão da eleição presidencial, para evitar que o ex-presidente tente interferir no processo eleitoral.

O maior temor é que Bolsonaro grave vídeos ou disperse informações falsas através de aliados durante visitas em sua residência.

O ex-presidente foi preso há mais de uma semana, e cumpre regime na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. No momento, apenas familiares e advogados podem visitar Bolsonaro.