JUSTIÇA


Empresa de Virgínia é alvo de operação por práticas abusivas

Ação Ministério Público de Goiás contra a WePink aponta mais de 90 mil reclamações de consumidores

Foto: Instagram/@virginia

A empresa de cosméticos da influenciadora Virginia, WePink, foi alvo de uma ação civil pública do MPGO (Ministério Público de Goiás), na quarta-feira (8), por conta de práticas abusivas contra os consumidores.

Segundo o órgão, mais de 90 mil reclamações foram registradas contra a empresa no ano de 2024 no site Reclame Aqui, além de 340 denúncias formais no Procon Goiás entre 2024 e 2025.

A investigação do MP apurou algumas irregularidades na conduta da empresa: Falta de entrega de produtos, descumprimento de prazos, dificuldade de reembolso, atendimento deficiente, exclusão de críticas e produtos com defeito.

Também consta na ação uma fala feita por Thiago Stabile, um dos sócios da empresa, em que ele teria confessado publicamente que a Wepink vendeu produtos sem ter estoque suficiente.

“A gente tinha 200 mil faturamentos por mês. A gente saltou de 200 mil faturamentos por mês para 400 mil faturamentos por mês. De fato, tivemos um problema de abastecimento, porque a gente cresceu muito rápido. Algumas vezes, (sim) demora, porque algumas matérias primas acabam, porque a gente vende muito” disse Thiago.

O MP determinou que a WePink suspenda novas lives promocionais até que as entregas pendentes sejam regularizadas. Outras medidas solicitadas é a criação de canal de atendimento humano e com resposta inicial em até 24 horas, um mecanismo simplificado de cancelamento e reembolso, com devolução em 7 dias, a entrega imediata de todos os produtos já pagos e multa diária de R$ 1 mil por descumprimento dar ordens.

O MP também pede uma indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 5 milhões, valor que será revertido ao FEDC (Fundo Estadual de Defesa do Consumidor), e indenização individual para que consumidores lesados possam pleitear reparação por danos morais.