JUSTIÇA


Condenados pela tragédia da Boate Kiss têm penas reduzidas pela Justiça do RS

Sócios da boate tiveram pena fixada em 12 anos, e músicos receberam 11 anos de prisão

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

Os quatro condenados pelo incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, que deixou 242 mortos e outros mais de 600 feridos em 2013, tiveram as penas reduzidas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). A decisão, tomada nesta terça-feira (26), ocorreu durante o julgamento dos recursos das defesas.

Os desembargadores fixaram a pena de 12 anos de prisão em regime fechado para os sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann. Antes da decisão, eles haviam sido condenados a 22 anos e seis meses e 19 anos e seis meses, respectivamente.

O TJRS também reduziu as penas do músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor musical Luciano Bonilha Leão, de 18 anos para 11 anos de prisão. Todos eles seguem presos.

“A 1ª Câmara Especial Criminal decidiu, por unanimidade, afastar a alegação de que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos e, assim, dar parcial provimento aos recursos defensivos para reduzir as penas finais”, afirmou o desembargador Luciano André Losekann, que conduziu a sessão.

O incêndio da boate ocorreu em 27 de janeiro de 2013, quando o uso de sinalizadores durante uma apresentação musical atingiu a espuma de isolamento acústico no teto da boate, provocando o alastramento rápido das chamas e fumaça tóxica. A maioria das vítimas morreu por asfixia.