ESPORTE


Corinthians rompe relações com Bahia e Grupo City após negociação de atleta da base

Clube paulista alega aliciamento de Kauê Furquim e estuda medidas jurídicas contra o Tricolor e conglomerado inglês

Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia

O Corinthians anunciou que rompeu todas as relações com o Bahia e o Grupo City por causa da negociação com Kauê Furquim, joia da base corintiana. Em nota emitida na quinta-feira (14), o clube paulista acusou o Tricolor de “aliciamento ilícito e imoral do jogador”.

Kauê Furquim, jovem atacante de 16 anos, foi contratado para a base do Esquadrão. O Bahia desembolsou R$ 14 milhões pelo atleta, o valor da multa dele. Embora muito jovem, o jogador já treinava com os profissionais e chegou a ficar no banco em alguns jogos do Corinthians no Brasileirão.

A acusação de aliciamento se deve pelo fato de que o Corinthians estava negociando a renovação contratual de Kauê, consequentemente, elevando a multa rescisória do atleta. Seguindo a legislação vigente, a multa rescisória para clubes nacionais é de duas mil vezes o valor do salário do atleta no ato da assinatura do contrato.

O Corinthians diz que em nenhum momento foi comunicado o interesse pela negociação de Kauê e que estudará caminhos jurídicos necessários, além de apelar para à CBF e à FIFA.

Confira a nota

“O Sport Club Corinthians Paulista, ao longo de sua centenária história, tem como um de seus valores o respeito para com as instituições de relevância esportiva e cultural, sejam elas do Brasil ou do exterior.

Repudiamos, veementemente, o aliciamento ilícito e imoral do jogador Kauê Furquim, formado nas categorias de base do Corinthians, em trama envolvendo o City Football Group e o Esporte Clube Bahia.

Em nenhum momento o Corinthians foi comunicado sobre o interesse na negociação do jogador. Estudaremos os caminhos jurídicos necessários e possíveis para punir os responsáveis e apelaremos à CBF e à FIFA para que a justiça seja feita.

A estratégia retoma mais um ato daquela antiga e nefasta prática da subtração de talentos, ainda muito jovens, do futebol nacional, levando-os a preço vil para mercados externos, reduzindo o Bahia a um mero intermediador de negócios.

Reforçamos, mais uma vez, nosso repúdio aos envolvidos rompendo por completa qualquer relação institucional com o Esporte Clube Bahia e o City Football Group.”.