ECONOMIA


PIB avança 1,4% no primeiro trimestre de 2025, aponta IBGE

Resultado é decorrente da recuperação da safra agrícola de soja, a principal lavoura do país

Foto: Agência Brasil/Arquivo

A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o último trimestre de 2024, segundo dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta terça-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em valores correntes, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país totalizou R$ 3 trilhões entre janeiro e março deste ano.

Na comparação com o mesmo período de 2024, o PIB registrou alta de 2,9%. Já no acumulado de 12 meses, o crescimento da economia brasileira foi de 3,5%, a maior taxa desde o segundo trimestre de 2023.

A principal alavanca do crescimento trimestral foi a agropecuária, com expansão expressiva de 12,2%. Ao jornal Folha de S. Paulo, a pesquisadora do IBGE Rebeca Palis disse que o resultado é explicado por condições climáticas favoráveis e pela expectativa de uma safra recorde de soja, a principal lavoura do país. Os serviços, que representam 70% da economia, cresceram 0,3%. A indústria teve leve recuo de 0,1%.

No setor de serviços, destacaram-se as áreas de informação e comunicação (3,0%), outras atividades de serviços (0,8%) e atividades imobiliárias (0,8%). Também tiveram desempenho positivo os segmentos de administração pública (0,6%), comércio (0,3%) e setor financeiro (0,1%). Por outro lado, transportes, armazenagem e correio caíram 0,6%.

Na indústria, houve crescimento nas atividades de eletricidade, gás, água e gestão de resíduos (1,5%) e nas indústrias extrativas (2,1%). Em contrapartida, as indústrias de transformação recuaram 1% e a construção caiu 0,8%.

Pela ótica da demanda, houve avanços nos investimentos (3,1%), nas exportações (2,9%) e no consumo das famílias (1%). As importações, que impactam negativamente o cálculo do PIB, cresceram 5,9%.

O desempenho marca a 15ª alta trimestral consecutiva do PIB em relação ao trimestre imediatamente anterior e a 17ª alta seguida na comparação anual, com continuidade da trajetória de recuperação iniciada no segundo semestre de 2021.