Governo descarta corrigir tabela do IR por custo de R$ 100 bilhões
Proposta enviada ao Congresso amplia isenção até R$ 5 mil a partir de 2026

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
O secretário de Reformas Econômica, Marcos Pinto, afirmou que corrigir toda a tabela do Imposto de Renda (IRPF) custaria mais de R$ 100 bilhões por ano ao governo, durante audiência pública na comissão especial do Congresso Nacional que avalia mudanças no Imposto de Renda, nesta terça-feira (20).
“Nossa proposta é fazer uma reforma do IR neutra, cujo primeiro passo é isentar quem ganha até R$ 5 mil, e dar um benefício para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Corrigir a tabela toda [do Imposto de Renda] ia custar mais de R$ 100 bilhões, não temos condições de fazer isso. Diminuímos a conta para R$ 25 bilhões, que a gente consegue pensar com imposto mínimo”, disse Marcus Pinto.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em março, o governo propôs aumentar a faixa de isenção do IR de R$ 2.824 para R$ 5 mil a partir do próximo ano. A medida, que custará R$ 25 bilhões, beneficiará cerca de 10 milhões de contribuintes.
A proposta inclui desconto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Acima disso, a tabela atual do IR não será alterada. Para compensar a perda de arrecadação, o governo planeja taxar rendas acima de R$ 50 mil mensais.
A cobrança de dividendos será limitada a 34% para empresas e 45% para financeiras. A proposta tramita em comissão especial do Congresso, com relatoria de Arthur Lira (PP-AL).