ECONOMIA


Bitcoin perde os US$ 100 mil e chega ao menor nível desde maio

Criptomoeda acompanha queda de Wall Street com incerteza sobre juros nos Estados Unidos

Foto: Reprodução/ Freepik

 

O Bitcoin (BTC) voltou a cair nesta quinta-feira (13) e rompeu a marca dos US$ 100 mil, sendo negociado a cerca de US$ 98,6 mil no início da tarde. Esse é o menor valor desde maio, refletindo um movimento global de aversão ao risco diante das incertezas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.

Durante a madrugada, o BTC chegou a tocar US$ 104 mil, mas perdeu força com a abertura dos mercados americanos. Nas últimas 24 horas, a criptomoeda acumulava queda de 2,7%.
O recuo atingiu também outras moedas digitais. O Ethereum (ETH) caía 5,5%, negociado a US$ 3.219. A BNB recuava 3%, enquanto a Solana (SOL) cedia 4,5%, a US$ 145. Outras criptos, como TRON, Dogecoin, Cardano e Chainlink, também registravam perdas entre 1% e 4%.

O tombo das criptomoedas acompanhou a queda nas ações de empresas do setor, como mineradoras ligadas à infraestrutura de inteligência artificial e data centers. Os papéis da Bitdeer despencaram 19%, enquanto Bitfarms, Cipher Mining e IREN recuaram mais de 10%. Plataformas como Galaxy, Gemini e Robinhood também registraram baixas de até 8%.

A pressão nos mercados vem da reprecificação dos ativos de risco, já que os investidores avaliam a possibilidade de o Fed manter os juros inalterados em dezembro. O cenário é agravado pela baixa liquidez causada pelo recente shutdown que paralisou parte do governo americano desde 1º de outubro.

Nos índices de Nova York, o Nasdaq 100 recuava 2,5% e o S&P 500, 1,6%. Analistas apontam que há uma migração de capital para setores mais defensivos, após meses de forte valorização das empresas de tecnologia. Títulos do Tesouro americano também mostravam alta nos rendimentos, reforçando o ambiente de cautela.