POLÍTICA


Ex-governador do RJ pede que Toffoli anule sua pena por corrupção

Sergio Cabral foi condenado ondenado a 425 anos de prisão

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

 

Depois de o doleiro Alberto Youssef ter conseguido derrubar mais de 120 anos em condenações impostas pela Lava-Jato, agora é a vez do ex-governador Sergio Cabral seguir a mesma estratégia. A informação é da coluna Radar, da revista Veja.

Condenado a 425 anos de prisão, o ex-governador do Rio de Janeiro pediu ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conceda a ele o mesmo benefício dado ao doleiro que foi o principal delator da Lava-Jato, apresentando documentos e provas que levaram uma infinidade de políticos para a cadeia por corrupção envolvendo verbas públicas durante os governos de Lula e Dilma Rousseff.

De acordo com a publicação, Cabral usa um argumento que, se reconhecido pelo STF, representará o livramento de todos os investigados, condenados e presos pela Lava-Jato, incluindo empresas que pagaram propinas e superfaturaram contratos, servidores que se corromperam e políticos que venceram eleições e enriqueceram com dinheiro de corrupção estatal.

“Há de se reconhecer, todavia, que diante da centralidade do papel desempenhado por Alberto Youssef nos processos oriundos da Operação Lava-Jato, ainda em sua primeira fase, o reconhecimento das referidas ilegalidades há de ser generalizado. A mácula na primeira fase da Operação Lava-Jato leva ao reconhecimento da nulidade de todas as 79 fases da Operação”, diz a defesa de Cabral.

A defesa dele sustenta que Toffoli reconheceu nulidades nas investigações contra Youssef já na primeira fase da Operação Lava-Jato, o que contaminaria todo o resto da investigação que viria depois, com 79 fases e centenas de prisões, condenações e bloqueio de bens derivados das confissões feitas por Youssef na Justiça. Em português claro, se o primeiro ato da Lava-Jato, envolvendo Youssef, foi anulado por Toffoli. Tudo deve cair junto.

“Não há como negar que Alberto Youssef, em que pese não ter sido denunciado na ação penal nº 5063271-36.2016.4.04.7000, possui papel central nas investigações, de modo que as ilegalidades contra ele também atingiram o ora requerente”, afirma a defesa de Cabral.