ECONOMIA


Bolsas americanas despencam após ameaça de Trump à UE

Ameaças do presidente dos EUA impactam bolsas e geram tensão comercial

Foto: Reprodução/Pixabay

 

Os principais índices de Wall Street sofreram queda nesta sexta-feira (23), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a intenção de impor tarifas de 50% sobre a União Europeia e ameaçar a Apple com uma taxa de 25% caso a empresa não produza seus iPhones em território americano. Segundo a Folha de S.Paulo, Trump afirmou que a União Europeia foi criada para tirar vantagem dos EUA no comércio, tornando as negociações difíceis.

Com essa notícia, as bolsas americanas experimentaram uma queda significativa. O Dow Jones caiu 0,78%, registrando 41.531,98 pontos. Já o S&P 500 e o Nasdaq Composite recuaram 0,93% e 1,14%, respectivamente. A Apple, em particular, viu suas ações despencarem 2,7% após as declarações do presidente. Trump já havia comunicado a Tim Cook, CEO da Apple, sobre sua expectativa de que os iPhones vendidos nos EUA sejam fabricados no país, ao invés de serem produzidos na Índia ou em outros lugares.

A intensificação da guerra comercial não estava nos planos dos investidores, que foram pegos de surpresa, conforme observa Steve Sosnick, analista-chefe de mercado da Interactive Brokers. Essa movimentação elevou o índice de volatilidade CBOE, conhecido como “medidor de medo” de Wall Street, para o maior nível em mais de duas semanas. Todos os 11 principais subsetores do S&P 500 registraram queda, com destaque para os setores de consumo discricionário e tecnologia da informação.

Na Europa, o índice STOXX 600 também foi impactado, caindo 1,07%. O índice de volatilidade STOXX atingiu seu maior valor em mais de quatro semanas. Fiona Cincotta, analista sênior de mercado da City Index, classificou a ameaça como pior do que o pior cenário imaginável. Com isso, os principais índices de ações dos EUA se encaminham para perdas semanais significativas, impulsionadas por preocupações com a dívida e pelo recente rebaixamento da classificação de crédito dos EUA pela Moody’s.