SALVADOR


Câmara aprova projeto que amplia prazo de pagamento da Zona Azul para até 72h

Medida busca resguardar quem deixa de pagar tarifa por esquecimento ou dificuldades no uso do app; texto poderá ser sancionado ou vetado pelo prefeito Bruno Reis

Foto: Assessoria/João Cláudio Bacelar

 

A Câmara Municipal de Salvador aprovou um projeto de indicação que amplia para até 72 horas o prazo para regularizar o pagamento da tarifa de estacionamento rotativo na chapada Zona Azul, o que pode evitar a aplicação imediata de multas. De autoria do vereador João Cláudio Bacelar (Podemos), o  texto poderá ser sancionado ou vetado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil).

Segundo Bacelar, a medida busca resguardar aqueles que deixam de efetuar o pagamento no momento da utilização da vaga por esquecimento ou dificuldades no uso do aplicativo. “Nosso objetivo é oferecer bom senso e equilíbrio. Muitas vezes, o motorista não paga a tarifa não por má-fé, mas por esquecimento ou falta de acesso imediato ao aplicativo. Com essa medida, damos oportunidade de regularização e evitamos penalizar injustamente o cidadão”, afirmou Bacelar. O valores das tarifas variam entre R$ 3 (2 horas), R$ 6 (6 horas) e R$ 9 (até 12 horas).

Veja demais projetos aprovados

Além do projeto da Zona Azul, João Cláudio Bacelar teve outras iniciativas aprovadas que contemplam áreas como turismo, educação, urbanismo e cultura.

Na área do turismo, o vereador apresentou propostas para valorizar a profissão e ampliar a experiência de visitantes na cidade. Entre elas, a realização de concurso público para o cargo de turismólogo, a criação de um programa de qualificação dos guias e condutores turísticos com foco em acessibilidade, além da inclusão da disciplina Educação para o Turismo na grade curricular da rede municipal de ensino. O parlamentar também indicou a criação de uma linha especial de micro-ônibus para a Lavagem do Bonfim e a instituição de um concurso anual de embarcações na Festa do Senhor Bom Jesus dos Navegantes.

No campo da cultura e memória, Bacelar defendeu a instalação da maquete da cidade de Salvador, projetada por Assis Reis, em sede própria aberta à visitação pública, como forma de preservar a história urbanística da capital. Outra proposta foi a instalação de totens permanentes e interativos com QR Code e recursos de acessibilidade ao longo do percurso do Cortejo do 2 de Julho, reforçando a data magna como patrimônio imaterial da Bahia. Também foi aprovado projeto de lei que inclui a Festa de Olojá – Senhor do Mercado, realizada na Feira de São Joaquim, no calendário oficial de festividades do município.

Na área de educação e inclusão social, o vereador indicou a criação de instituições multifuncionais de educação não formal, tanto no âmbito municipal quanto estadual, voltadas ao atendimento multidisciplinar de jovens adultos com deficiência que necessitam de acompanhamento após o período regular de escolarização. Além disso, apresentou projetos para implantação de hortas escolares e comunitárias com cultivo de cogumelos comestíveis, unindo sustentabilidade, inclusão social e segurança alimentar.

No segmento de inovação e tecnologia, Bacelar defendeu a criação de um programa de mentalidade digital, com capacitação em inteligência artificial para servidores públicos, estudantes da rede municipal e cidadãos em geral, preparando Salvador para os novos desafios da era digital.

O vereador também apresentou requerimento para realização de uma sessão especial em homenagem ao Dia do Músico, comemorado em 22 de novembro, reforçando sua atenção às manifestações culturais da cidade.

“São iniciativas que, cada uma em sua área, contribuem para tornar Salvador uma cidade mais inclusiva, moderna e que valoriza sua cultura e história. Nosso mandato segue trabalhando para que a Câmara Municipal seja um espaço de construção de soluções práticas para o dia a dia da população”, disse Bacelar.