SAÚDE


Planos de saúde são obrigados a cobrir implante contraceptivo a partir desta segunda-feira (1º)

Método de longa duração fica acessível a beneficiárias de 18 a 49 anos com alta eficácia 

Foto: Ascom Prefeitura Lucas do Rio Verde/Andrew Aragão

 

Os planos de saúde passaram a ser obrigados, a partir desta segunda-feira (1), a oferecer o implante contraceptivo hormonal Implanon como parte da cobertura obrigatória, conforme decisão da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). O Implanon é um pequeno bastão de etonogestrel, inserido sob a pele do braço com anestesia local. Atua no organismo por até três anos e tem eficácia superior a 99% na prevenção da gravidez, considerado um dos métodos mais seguros disponíveis.

Na rede privada, o dispositivo custa entre R$ 900 e R$ 1.200, enquanto o procedimento de aplicação pode chegar até R$ 4.000, dependendo do médico e da clínica. Se o plano negar a cobertura, a beneficiária deve registrar reclamação na operadora e, se necessário, recorrer à ANS pelos canais oficiais.

Paralelamente, o Implanon foi incorporado ao SUS com investimento estimado em R$ 245 milhões e previsão de distribuição de 1,8 milhão de unidades até 2026, com 500 mil previstas ainda este ano. A expectativa é de que a adoção do método traga redução da mortalidade materna e contribua com o planejamento reprodutivo, especialmente entre mulheres negras.