SAÚDE


Padilha desmente Trump e diz que paracetamol não tem ligação com autismo: ‘É mentira’

Segundo o ministro da Saúde, o autismo foi diagnosticado e identificado antes de existir o medicamento

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

 

O ministro da Saúde Alexandre Padilha reagiu a declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e negou, por meio de vídeo publicado nesta terça-feira (23), que haja relação comprovada entre o uso de paracetamol e o Transtorno do Espectro Autista [TEA] em crianças.

“Mentira! Não existe nenhum estudo que comprove a relação entre paracetamol/tylenol e o autismo. Esse tipo de mentira coloca a sua vida e a vida do seu bebê em risco”, alertou o ministro.

De acordo com o chefe da pasta, a Organização Mundial de Saúde (OMS), assim como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as principais agências internacionais de proteção à saúde já confirmaram que o medicamento é seguro.

“Aliás, o autismo foi diagnosticado e identificado muito antes de existir o paracetamol. Enquanto eles inventam mentiras para tirar o foco sabe-se lá do quê, nós, do governo federal, estamos inovando no SUS [Sistema Único de Saúde] com os novos métodos diagnósticos, formações profissionais e novos serviços para cuidar de forma digna e não desrespeitar quem vive com TEA”, explicou Padilha.

Nessa segunda-feira (22), o presidente dos EUA disse que a FDA (Food and Drug Administration, a Anvisa dos EUA) pediria aos médicos para aconselharem mulheres grávidas a não usarem paracetamol, princípio ativo do Tylenol, devido a um suposto risco aumentado de autismo para os bebês.

“Tomar Tylenol não é bom. Vou dizer, não é bom”, declarou Trump repetidas vezes.