SAÚDE


Movimento contra protetor solar preocupa especialistas

Campanha em redes sociais pode comprometer prevenção do câncer de pele

Foto: Assessoria

 

Um movimento chamado “Anti-Sunscreen”, que defende o não uso de protetor solar, vem ganhando força nas redes sociais e acende o alerta de médicos e especialistas. A tendência, impulsionada por influenciadores digitais, levanta desinformações sobre supostos riscos do produto e incentiva alternativas sem comprovação científica.

Dermatologistas reforçam que abandonar o uso do filtro solar pode trazer consequências graves, como maior risco de câncer de pele e envelhecimento precoce. O Grupo de Oncologia Cutânea alerta que cremes caseiros e protetores minerais populares não oferecem a proteção comprovada contra os raios ultravioleta.

A dermatologista Laryssa Faiçal lembra que algumas substâncias já foram retiradas das fórmulas, mas isso não justifica o abandono. “A maior causa do câncer de pele é a exposição solar desprotegida. Temos muitas evidências a favor do protetor solar. Na Austrália, por exemplo, o uso obrigatório entre crianças vem reduzindo os índices de melanoma”, destacou.

Um estudo do Orlando Health Cancer Institute revelou que um em cada sete jovens adultos acredita que o protetor solar é mais prejudicial do que o sol sem proteção. O dado mostra a influência da desinformação, especialmente sobre a Geração Z.

O oncologista clínico Iuri Santana reforça que a fotoproteção é essencial. “O melanoma é altamente letal, e os carcinomas causam grande morbidade. O filtro solar continua sendo uma medida fundamental para a prevenção.”