SAÚDE


Gripe K é identificada no Brasil e acende alerta para circulação mais intensa do vírus

Variante do influenza A (H3N2) já conhecida não indica maior gravidade, mas reforça a importância da vacinação e da vigilância epidemiológica

Foto: Ministério da Saúde/divulgação

 

O Brasil confirmou a identificação do chamado subclado K da Influenza A (H3N2), popularmente conhecido como “gripe K”, em amostras analisadas no estado do Pará. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde no mais recente Informe de Vigilância das Síndromes Gripais. Apesar do nome gerar preocupação, especialistas reforçam: não se trata de um vírus novo nem há, até o momento, evidências de que provoque quadros mais graves.

Segundo o documento, a gripe K é apenas uma variação genética do influenza A (H3N2), vírus que já circula sazonalmente no país. O mesmo informe aponta também a presença do subclado J.2.4, ambos já registrados anteriormente em países da América do Norte, Europa e Ásia. O aumento de casos de Influenza A no Brasil, inclusive, começou antes mesmo da identificação desses subclados específicos.

Na prática, os sintomas permanecem os já conhecidos da gripe: febre, dor no corpo, tosse, cansaço e, em casos mais graves, dificuldade para respirar. Estados das regiões Norte, Nordeste e Sul apresentam crescimento ou manutenção das hospitalizações, enquanto o Sudeste registra tendência de queda. Ainda assim, o cenário exige atenção, sobretudo entre idosos, crianças e pessoas com comorbidades.

O movimento não passou despercebido internacionalmente. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam que a temporada de gripe pode começar mais cedo e ter maior impacto em 2026, impulsionada pela circulação do H3N2. Mesmo sem sinais de maior gravidade, a recomendação é clara: reforçar a vacinação, manter a vigilância ativa e não subestimar a gripe, porque, quando ela chega antes, o sistema de saúde precisa estar pronto antes também.