SAÚDE


Especialistas alertam para os riscos do excesso de tempo de tela entre crianças

Pediatras e psicólogos recomendam limites diários no uso de celulares, tablets e TVs para evitar impactos no sono, na visão e no desenvolvimento cognitivo

Foto: Freepik

 

Com o uso crescente de celulares e tablets desde a infância, especialistas reforçam o alerta sobre os riscos do excesso de tempo de tela para crianças e adolescentes. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o contato precoce e prolongado com dispositivos eletrônicos pode prejudicar o sono, a visão e o desenvolvimento social e emocional.

De acordo com as orientações da SBP, crianças de até 2 anos não devem ter acesso a telas, enquanto o tempo máximo recomendado para crianças de 2 a 5 anos é de uma hora por dia, sempre com supervisão de um adulto. Já para crianças de 6 a 10 anos, o ideal é limitar o uso a duas horas diárias e incentivar atividades físicas e interações presenciais.

Especialistas ressaltam que o uso excessivo de telas está associado a problemas de atenção, irritabilidade, sedentarismo e distúrbios de sono, além de aumentar o risco de obesidade infantil. Também há preocupação com o acesso a conteúdos inadequados e com a exposição prolongada à luz azul, que pode afetar a saúde ocular.

A psicóloga infantil Camila Vasconcelos explica que o ideal é estabelecer rotinas e horários fixos para o uso de aparelhos. “As telas podem ser aliadas na aprendizagem, mas é essencial que o uso seja equilibrado, com pausas e momentos offline”, destaca.

A recomendação dos especialistas é que os pais estimulem brincadeiras ao ar livre, leitura e convivência familiar como alternativas saudáveis ao tempo de tela.