SAÚDE


Dia Mundial de Combate ao Fumo alerta para riscos do cigarro e crescimento do uso de vapes entre jovens

Os cigarros eletrônicos também apresentam riscos à saúde e estão associados a doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer

Foto: Reprodução/Freepik

 

Neste sábado (31), é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Fumo, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para reforçar a conscientização sobre os perigos do tabagismo. Apesar da redução no número de fumantes no Brasil, de 15,7% em 2006 para 9,3% em 2023, segundo o Vigitel, o país ainda enfrenta desafios, como o aumento do uso de cigarros eletrônicos entre jovens.

O tabagismo é um dos principais fatores de risco evitáveis para diversas doenças crônicas não transmissíveis. Estima-se que 90% das mortes por câncer de pulmão estejam relacionadas ao uso do cigarro. Além disso, fumar aumenta consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral, e contribui para doenças respiratórias graves, como bronquite crônica e enfisema pulmonar.

Os chamados vapes, muitas vezes vistos como alternativas “menos prejudiciais”, no entanto, uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas revelou que um em cada cinco jovens brasileiros consome cigarros eletrônicos, sendo mais popular entre aqueles de 18 a 24 anos.

Os cigarros eletrônicos são frequentemente comercializados como alternativas mais seguras ao cigarro convencional, mas estudos indicam que eles também apresentam riscos significativos à saúde.

A exposição à nicotina através dos cigarros eletrônicos pode afetar o desenvolvimento emocional e cognitivo dos adolescentes, além de aumentar os riscos de infarto do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), disfunção erétil e problemas no aparelho reprodutor.

De acordo com o Dr. Pedro Pina Coelho, da Amparo Saúde, o acompanhamento especializado aumenta as chances de sucesso ao combinar terapias, medicamentos e suporte psicológico. “Com orientação especializada, é possível adotar estratégias personalizadas, como terapias comportamentais, uso de medicamentos e monitoramento dos sintomas de abstinência, promovendo uma transição mais segura e sustentável para uma vida livre do cigarro”, conclui.