SALVADOR


Vereadora acusa Bruno Reis de tratar o Elevador Lacerda como ‘bem privado’

Marta Rodrigues (PT) critica cessão de salas do ponto turístico para evento de luxo e diz que decisão da prefeitura foi “feita à revelia, para atender interesses de amigos”

Foto: Reprodução e Eduardo Costa/MundoBA

A vereadora Marta Rodrigues (PT) voltou a criticar o prefeito Bruno Reis (União Brasil), nesta terça-feira (28), após a cessão de salas do Elevador Lacerda para o funcionamento de um espaço privado de festas, o “Conceito Lacerda”.

A parlamentar afirmou que a decisão da prefeitura ocorreu “sem nenhuma transparência, processo licitatório e explicação da gestão” e que representa “um retrocesso com a elitização dos espaços e patrimônios públicos de Salvador, transformando um símbolo do povo em vitrine de luxo para poucos e para amigos”.

De acordo com a vereadora, Bruno teria confirmado que o espaço tombado pelo IPHAN foi alugado para a empresária Andrea Velame, responsável pelo evento Conceito Wedding 2025, mas não informou como se deu esse processo.

“Não explica porque ela foi a escolhida, não revela valores quando é questionado pela imprensa, nem disponibiliza as informações no Portal da Transparência. Tudo feito à revelia, para atender interesses de seus amigos”, argumentou a vereadora.

Marta definiu como “nebulosa” o não pronunciamento da gestão sobre a sublocação do espaço pela própria locatária. Ela ainda disse que Bruno Reis trata o Elevador Lacerda como um “bem privado”.

“A prefeitura precisa explicar de forma imediata quem autorizou o uso, quanto foi pago, para onde foi o dinheiro e se há autorização legal para sublocação. O mínimo que se espera é transparência…O prefeito trata o Elevador Lacerda como se fosse um bem privado, disponível para quem pode pagar, e não um símbolo de Salvador. É um completo absurdo. Não se trata apenas de uma sala ou de um evento: é o uso indevido de um patrimônio histórico em benefício de interesses particulares, sem transparência, sem licitação e sem debate público”, afirmou Marta.