SALVADOR


Prefeitura critica Estado ao anunciar ações de auxílio à Segurança Pública na capital

"Estamos assumindo tarefas que não são nossas", disse o prefeito Bruno Reis, após reunião

Foto: Valter Pontes/Secom Salvador

A Prefeitura de Salvador criticou o governo do Estado ao anunciar ações de auxílio à Segurança Pública na capital baiana, durante uma reunião realizada no Palácio Thomé de Souza, na segunda-feira (7), entre o prefeito Bruno Reis (União Brasil) e integrantes da gestão soteropolitana.

Pelo menos duas iniciativas devem ser adotadas na cidade: o uso de drones israelenses para monitoramento da cidade, em tempo real, e a adoção de um sistema — já utilizado em São Paulo desde 2024 — com reconhecimento facial. Esses equipamentos são capazes de identificar foragidos da Justiça e flagrar situações de delito, como invasões, furtos e roubos de veículos.

Conforme o secretário municipal de Inovação e Tecnologia (Semit), Alberto Braga, a ideia é começar na região do Centro Histórico, e depois ir escalando para outras áreas da cidade como Rio Vermelho, Barra e Itapuã. As tecnologias deverão ser integradas ao Centro de Controle Operacional (CCO) atualmente em construção no Subúrbio Ferroviário.

“Infelizmente, a insegurança é hoje o principal problema da nossa cidade, é a principal preocupação das pessoas. Embora a segurança seja constitucionalmente uma responsabilidade do Estado, nós, além de fazermos a nossa parte, estamos assumindo tarefas que não são nossas, mas que vamos assumir para proteger a população”, afirmou o prefeito Bruno Reis.

“Não precisa inventar a roda, basta observar boas iniciativas que são realizadas no Brasil e no mundo. Estamos aqui com dois bons projetos, que são os drones de Israel e o sistema já utilizado em São Paulo. Estamos estudando e esperamos em breve trazer estas tecnologias para Salvador”, acrescentou.