SALVADOR


Guarda civis agridem homem com tapa no rosto e golpe de gravata em blitz; veja vídeo

Corporação diz que condutor ofendeu agente; vítima nega desacato e afirma que apenas se recusou a dar a chave do carro

Imagem: Reprodução/Redes sociais

 

Um homem foi agredido por dois guardas civis municipais durante uma blitz da Transalvador, na avenida Paralela, em Salvador. A abordagem ocorreu na terça-feira (3), próximo à Estação Pituaçu do metrô. A GCM (Guarda Civil Municipal) diz que vai apurar o caso.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra um dos agentes segurando o rapaz pelo pescoço e dando um tapa no rosto da vítima. Na sequência, um segundo guarda chega por trás do homem, o puxa pela camisa e lhe aplica uma gravata.

Um terceiro agente ameaça o autor da filmagem, que flagrou as agressões do alto de uma passarela. “Qual o problema seu? Desça aí, vá”, disse.

A vítima foi levada para a Central de Flagrantes por suposto desacato. O homem relatou à TV Bahia que apenas se recusou a dar a chave do carro que dirigia e negou a versão dos agentes. Segundo o rapaz, o veículo foi apreendido após ele informar que não tem CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Ele contou que voltava de uma consulta médica quando foi parado.

[Ao ouvir que o veículo seria apreendido], eu falei ‘tranquilo’ somente. Eu só queria ir embora e não dei a chave do carro”, afirmou o rapaz, que ficou com marcas roxa no braço esquerdo.

Procurada pelo MundoBA, a GCM informou que o condutor ameaçou e tentou agredir um funcionário terceirizado do guincho e teria registrado uma foto dele.

De acordo com a corporação, os agentes de trânsito e da guarda intervieram para conter o motorista e levá-lo à delegacia.

“Durante a intervenção, o referido motorista ofendeu moralmente um Guarda Civil Municipal”, afirmou em nota.

Segundo o texto, os fatos serão encaminhados para apuração detalhada pela Corregedoria do órgão. A medida será adotada para “esclarecer as circunstâncias envolvidas, analisando as imagens, depoimentos e demais evidências, além de investigar eventuais excessos, respeitando o direito ao contraditório e à ampla defesa.

A GCM diz não compactuar com nenhum tipo de agressão.

Assista ao vídeo