SALVADOR


Adolescente que atirou em motorista por app em tentativa de assalto no Ogunjá é morto em ação policial

Humberto Santana Sacramento, 17, teria reagido à operação no bairro da Polêmica; outros dois suspeitos foram presos e confessaram participação na morte de Wallace Sacramento Borges

Wallace Sacramento Borges, 22, foi morto após ser abordado por três criminosos em um semáforo – Foto: Reprodução/Redes sociais

Um adolescente apontado como autor do disparo que matou o motorista por aplicativo Wallace Sacramento Borges, 22, durante uma tentativa de roubo na avenida Ogunjá, no dia 23 de março, morreu na manhã desta quarta-feira (28), durante a Operação Asfalto Vermelho, deflagrada pela Polícia Civil, na localidade da Polêmica, no bairro de Brotas.

Humberto Santana Sacramento, 17, teria reagido à ação. Ele chegou a ser socorrido para o HGE (Hospital Geral do Estado), mas não resistiu aos ferimentos.

Outros dois suspeitos foram presos e confessaram participação no assassinato de Wallace.

O delegado Leandro Acácio, responsável pela investigação do caso, disse à TV Bahia que o adolescente foi identificado como Humberto Santana Sacramento, o HD, e tinha ligação com o tráfico de drogas.

“O autor do disparo é um adolescente é envolvido com o tráfico de drogas na região da Polêmica. Com ele, nós apreendemos hoje uma balança de precisão, uma espingarda calibre 12, que ele usou no revide com o policial, além de uma quantidade de drogas que provavelmente era de uso pessoal”, afirmou o delegado.

Durante a operação, também foram apreendidos munições, um notebook e emulsão utilizada na fabricação de explosivos.

Na noite do crime, Wallace estava parado em um semáforo quando foi abordado por três criminosos em fuga. O trio havia abandonado um veículo tomado de assalto momentos antes na avenida Bonocô.

Segundo informações da Polícia Civil, Wallace foi atingido na cabeça. Os suspeitos fugiram em seguida sem levar o carro do motorista. Não se sabe se Wallace reagiu à tentativa de assalto.

Ele ficou hospitalizado por três dias no HGE e teve diagnóstico de morte cerebral confirmado em 26 de março. A família optou pela doação de órgãos.

O caso gerou comoção entre os motoristas por aplicativo e mobilizou a categoria em busca de justiça e segurança.