POLÍTICA


Wagner diz que CPI do Crime Organizado ‘não pode virar palanque eleitoral’

Líder do Governo no Senado disse ainda que o combate ao crime organizado deve ser feito a partir da articulação entre os entes federativos e a sociedade civil.

Foto: Rafael Nunes / JW

 

Durante a sessão de instalação da CPI do Crime Organizado no Senado Federal, o senador Jaques Wagner (PT) falou sobre a importância de que os trabalhos do colegiado contribuam de forma efetiva para o fortalecimento da segurança pública no país: “Nosso dever aqui é produzir respostas claras, com base em dados e evidências, que possam orientar políticas públicas mais eficazes no combate ao crime organizado”, afirmou.

O senador alertou para o risco de distorção do propósito da Comissão, especialmente em um momento pré-eleitoral. “Considero imprescindível que este esforço não se transforme em um palanque eleitoral no período que antecede as eleições e que evitemos que este espaço se desvie do seu propósito para se concentrar nas disputas partidárias”, disse  Wagner.

O petista reforçou que o foco do colegiado se concentre na formulação de medidas que fortaleçam o enfrentamento ao crime organizado e que essa atuação seja construída de maneira integrada entre entes federativos e sociedade. “O foco desta CPI deve buscar o enfrentamento da marginalidade, envolvendo a sociedade civil em um esforço conjunto com o governo federal, gestões estaduais, especialistas, pesquisadores e quem está na linha de frente da segurança pública.”

Durante a sessão de instalação da nova CPI, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente da Comissão após uma votação apertada, com placar de 6 a 5. Assim que assumiu a presidência, Contarato designou o autor do pedido de criação da CPI, Alessandro Vieira (MDB-SE), para a relatoria.