POLÍTICA


Wagner diz que composição de chapa será decidida até fim do ano: ‘Não existe chance de racha’

"Mas vamos ter maturidade para resolver e continuar essa caminhada", afirmou líder do governo no Senado

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), afirmou nesta sexta-feira (30) que não há possibilidade da base de apoio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) “rachar” no pleito do ano que vem. Para o senador, “tem muita água para rolar até 2026.”

“Jerônimo está carimbado que vai para a reeleição. Dito isso, nós temos três candidatos para duas vagas no Senado. Vamos deixar para definir isso no final do ano. Não existe chance de o grupo rachar. Temos um bom problema, que é ter três bons candidatos para duas vagas. Mas vamos ter maturidade para resolver e continuar essa caminhada que tem feito muito bem para a Bahia”, disse em entrevista à rádio Salvador FM.

Wagner também traçou um panorama dos principais desafios que tem enfrentado como líder do governo nas articulações para aprovar pautas defendidas pelo governo do presidente Lula. “Temos que escolher um caminho, e o nosso caminho é diminuir as desigualdades sociais do Brasil, ofertar dignidade e cidadania para as pessoas mais simples. Esse é o foco do governo do presidente Lula”, declarou.

Ao comentar sobre o embate entre o Executivo e o Congresso em torno do decreto para aumentar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o líder do governo afirmou que “o setor financeiro é o que mais ganha no mundo inteiro”. Wagner disse que o governo Lula segue trabalhando com foco na “justiça social e tributária”, mas precisa garantir o equilíbrio das contas públicas.

Ele declarou ainda que está em trâmite o projeto que vai isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, mas que “a compensação é necessária. Isso se chama justiça tributária. Quem ganha mais, precisa pagar mais”.

Sobre a CPI das Bets, Jaques Wagner disse que “muita gente propõe uma CPI muito mais para criar um fato político, não para investigar. A CPI das Bets, na minha opinião, virou um fato político. Agora, esse fenômeno das bets criou um vício e se tornou um problema grave, pois vai iludindo as pessoas. Virou uma bagunça”.

O parlamentar lembrou que o Senado Federal acabou de aprovar um Projeto de Lei para regulamentar a propaganda sobre elas. “Não proíbe, mas limita. Na minha opinião, a luta pela regulamentação mais dura das bets precisa acontecer porque isso está acabando com as famílias”, opinou Wagner.