POLÍTICA


Wagner critica proposta de anistia: ‘É um incentivo a novas badernas como o 8 de Janeiro’

Senador defende união democrática e resgata papel histórico da Lei de Anistia de 1979

Foto: Alessandro Dantas/Agência Senado

 

O senador Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado, se posicionou contra a proposta de anistia aos envolvidos na trama golpista de 8 de janeiro de 2023. Em entrevista à rádio Andaiá FM, de Santo Antônio de Jesus, o parlamentar afirmou que conceder perdão judicial seria “um incentivo a novas badernas como o 8 de janeiro”, reforçando que o episódio representou uma tentativa de agredir a democracia brasileira.

Wagner comparou o debate atual com a Lei da Anistia de 1979, aprovada durante o regime militar. Segundo ele, naquela época o objetivo era encerrar um ciclo de repressão e abrir caminho para a redemocratização. “Qual foi o ciclo histórico encerrado em 8 de janeiro? Nenhum, a vida democrática continuou normalmente. Anistia pressupõe que se anistie um lado e outro que estavam brigando. Que dois lados que existem aí? Só tem um, dos que tentaram agredir a democracia”, declarou.

O senador destacou ainda que o momento exige união de todas as forças democráticas para barrar ameaças autoritárias. “Eu sou do PT, mas antes de ser do PT, sou um democrata. Sem democracia, não tem partido político, não tem eleição para prefeito, para governador, para presidente da República. Eu acho que é o momento de nós todos, que temos racionalidade, de fazer como nas Diretas Já: se unir em defesa da democracia do Brasil”, disse.