POLÍTICA


Wagner cobra posicionamento do Congresso sobre ajuste fiscal

Líder do governo no Senado defende MP com ajustes tributários

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), afirmou nesta quinta-feira (12) que a Medida Provisória com ajustes fiscais e tributários representa uma oportunidade para o Congresso Nacional se posicionar sobre o futuro do Brasil. Segundo ele, é hora de o Parlamento decidir se o país seguirá ampliando desigualdades ou promoverá inclusão social.

“O Parlamento precisa dizer para a sociedade brasileira qual o país que ele quer, se um país de excluídos ou de incluídos”, afirmou o senador.

Wagner criticou a repercussão negativa de parte do Congresso à MP, que corrige distorções tributárias e aumenta a carga sobre quem tem mais renda. Para ele, os indicadores econômicos são positivos e não justificam o pessimismo.

“Estamos cheios de profetas do apocalipse. O dólar caiu, os indicadores econômicos estão excepcionais, o PIB cresceu acima do esperado. Há espaço para baixar juros, mas vivemos uma síndrome pessimista”, relatou.

O senador também cobrou coerência dos parlamentares que exigem cortes de gastos, mas rejeitam medidas que aumentem a arrecadação de quem tem maior renda. Wagner ironizou ao perguntar se os cortes deveriam ser feitos na saúde, educação ou no salário mínimo.

“O Congresso vive dizendo que precisa cortar gastos. Agora tem a chance de dizer onde. Se quem ganha muito não se dispõe a contribuir um pouco, então não reclamem depois da bandidagem, que nasce do desespero”, complementou.

Wagner destacou que a proposta do governo foi discutida previamente com a base aliada, que demonstrou apoio. Ainda assim, o líder sinalizou abertura para negociações e ajustes, mas reforçou que é preciso escolher um caminho claro.

“Todo mundo saiu aplaudindo. Não estou dizendo que não pode ter ajuste. Vamos continuar negociando. Mas as pessoas precisam escolher o caminho”, concluiu.