POLÍTICA


Vereadora cobra mais diálogo e mudança na relação da prefeitura com a CMS em 2026

Aladilce Souza apelou para que o Executivo não 'atropele' o Legislativo no próximo ano

Foto: Victor Queirós/CMS

 

Ao parabenizar o presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), pela condução dos trabalhos na última sessão do ano, realizada nesta quarta-feira (17) após a aprovação do PPA e de outros projetos do Executivo, além de dezenas de proposições apresentadas por vereadores, a líder da oposição, Aladilce Souza (PCdoB), fez um apelo ao prefeito por mudanças na relação com o Legislativo em 2026.

“Eu espero que o Executivo não continue atropelando esta Casa, enviando pacotes de projetos complexos, o que dificultou muito a tramitação e discussão com a sociedade”, afirmou.

Na sessão, também foi aprovado o PLE 542/25, que prorroga o prazo de vigência do Prodetur, sem a incorporação das emendas apresentadas. Entre elas, estava a proposta que previa benefícios para moradores e comerciantes da Baixa dos Sapateiros, com o objetivo de estimular a revitalização da tradicional área comercial do Centro Histórico de Salvador.

Produtores culturais como Clarindo Silva e Geraldo Badá acompanharam a sessão portando cartazes em apoio à emenda apresentada por Aladilce. Em sua fala, a vereadora relembrou embates ao longo do ano e voltou a criticar a condução do Executivo municipal.

“No primeiro semestre, nós travamos uma luta muito grande contra os leilões das áreas verdes, em defesa do meio ambiente tão atacado pela gestão. Já no segundo semestre, nós poderíamos ter feito um debate mais amplo nessa Casa, poderíamos ter aprofundado diversas matérias que chegaram aqui, mas o perfeito resolveu mandar, no final do semestre, projetos complexos para serem apreciados de forma acelerada. E eu quero deixar registrada a minha insatisfação com essa forma de relacionamento do Executivo municipal com essa Casa. Eu espero que no próximo ano o prefeito se prepare melhor para a gente não precisar continuar abusando de reuniões conjuntas, porque isso leva a gente a fazer votações apressadas”, declarou.