POLÍTICA


União Brasil e PP pressionam ministros a deixar o governo Lula

Presidentes das siglas afirmam que permanência no governo está condicionada à entrega de estatais estratégicas

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/União Brasil

 

Os presidentes do União Brasil e do Progressistas (PP) se reuniram nesta terça-feira (2), em Brasília, para discutir a saída dos partidos da base do governo do presidente Lula. A decisão vem num contexto de pressão interna, acentuada pelo julgamento de Jair Bolsonaro no STF e à medida que crescem exigências por uma anistia ampla aos envolvidos na tentativa de golpe.

Apesar da articulação partidária, ministros dos dois partidos resistem à saída. O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), e o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), são os principais alvos da pressão, com o União Brasil até avaliando expulsá-lo caso ele se recuse a deixar o cargo.

A crise torna-se ainda mais complexa à medida que Lula exige que ministros da federação reafirmem publicamente apoio ao governo em agendas pelo país. Enquanto isso, no Planalto, a permanência desses partidos está condicionada à manutenção de controle sobre estatais estratégicas como Caixa, Correios e Codevasf, áreas que trazem relevância política e influência eleitoral.