POLÍTICA


Tarcísio cobra anistia para Bolsonaro, ataca STF e chama Moraes de ditador e tirano

Governador de SP fez um dos principais discursos na avenida Paulista, com público estimado em 42 mil pessoas

Foto: Alan Santos/PR

 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu neste domingo (7), durante ato bolsonarista na avenida Paulista, uma anistia “ampla e irrestrita” e atacou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a quem chamou de “ditador” e “tirano”. Em outro momento da manifestação, disse que Jair Bolsonaro (PL) deveria ser autorizado a ser candidato em 2026 e que o ex-presidente pode ser condenado sem nenhuma prova.

“Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega”, disse em recado ao Supremo. “Não vamos aceitar que nenhum ditador diga o que temos que fazer”, declarou diante de um público que empunhou bandeiras de Israel e abriu um bandeirão dos Estados Unidos.

O ato ocorreu dias antes do final previsto para o julgamento da trama golpista, que deve terminar nesta semana com a condenação de Bolsonaro.

Em defesa do ex-presidente, houve ainda uma manifestação em Copacabana, no Rio, onde o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o governador Cláudio Castro (PL) se destacaram no palanque. Flávio afirmou que o julgamento no STF é uma farsa e representa uma “segunda facada” no ex-presidente.

No protesto de São Paulo, Tarcísio também pressionou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto sobre anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e disse que o STF julga “um crime que não existiu”.

O governador paulista disse que o julgamento não é justo, voltou a falar em “narrativas”, fez críticas a Moraes e mandou indiretas ao STF. Disse ainda que a delação de Mauro Cid ocorreu sob coação e que a colaboração é mentirosa.

Concentrados nas imediações do Masp, os apoiadores de Bolsonaro levaram grande quantidade de faixas e cartazes em línguas estrangeiras, em uma tentativa de chamar a atenção internacional para as causas agora defendidas pelos bolsonaristas.

(Com informações do jornal Folha de S. Paulo)