POLÍTICA


‘No governo anterior’, diz Sidônio ao rebater deputado bolsonarista sobre ‘gabinete do ódio’ de Lula

Ministro da Secom compareceu à sessão conjunta de comissões da Câmara após pedido de deputados de oposição

Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

 

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, rebateu o deputado bolsonarista Paulo Bilynskyj (PL-SP) após ser acusado pelo parlamentar de manter um de “gabinete do ódio” no governo Lula (PT). A reação de Sidônio ocorreu na tarde de quarta-feira (17), durante sessão conjunta das comissões de Comunicação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

“Eu nunca vi um governo fazer tanta coisa assim. É impressionante. E topo discutir com você […] Mostrei algumas coisas. Eu acho que a risada do deputado deve ser de felicidade pelas ações do governo. Eu quero até agradecê-lo por isso”, ironizou o ministro ao iniciar sua fala.

“Outra coisa que eu queria ver com você é sobre esse nome do ‘gabinete do ódio’. Eu acho que inclusive poderia ser até mais criativo, porque, pelo que eu sei, quem utilizava o ‘Gabinete do Ódio’ era no governo anterior. Então usar a mesma coisa, por quê isso? Eu quero dizer o seguinte: não tem nada. E falo aqui, viu, deputado, olhando nos seus olhos: não tem absolutamente nada. Aliás, nem tempo temos para isso”, acrescentou Sidônio.

Na sequência, também negou a existência de irregularidades na licitação de publicidade que foi refeita após apontamentos do TCU (Tribunal de Contas da União).

Em julho, o governo abriu um novo certame para contratar três empresas para gerenciar a comunicação digital do governo, a cargo da Secom. O valor foi de R$ 98,3 milhões pelo período de 12 meses, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

A tentativa anterior de contratação desse serviço provocou uma crise no governo diante de suspeitas de irregularidades no processo licitatório, durante a gestão do ex-ministro Paulo Pimenta (PT) à frente da Secom.

Em junho de 2024, o TCU chegou a suspender o edital, no valor de R$ 197,7 milhões para quatro empresas. Em 2025, a corte liberou o processo, mas Sidônio Palmeira desistiu de seguir aquele modelo de contratação.