POLÍTICA


Sanções dos EUA a Alexandre de Moraes não alteram julgamento de Bolsonaro

Decisão do presidente Donald Trump não impactará cronograma do Supremo Tribunal Federal do Brasil

Foto: Gustavo Moreno/STF

 

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, aplicou a lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Essa medida visa penalizar estrangeiros e, no caso do ministro, congela quaisquer ativos que ele possua em território americano. Além disso, impede que cidadãos dos EUA realizem negócios com ele. No entanto, essa sanção não afetará a previsão de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme garantem assessores de Moraes. O julgamento, que trata da tentativa de golpe, permanece agendado para setembro.

Interlocutores próximos ao ministro confirmaram ao blog que não haverá atraso nesse processo. Moraes deve se manifestar oficialmente sobre as sanções durante a cerimônia de retorno do ano judiciário, que ocorrerá na próxima semana. Um dos assessores chegou a ironizar a situação, dizendo que aprecia uma boa disputa, especialmente quando se trata de uma batalha entre Davi e Golias.

A lei Magnitsky, utilizada pelos EUA, tem gerado tensões diplomáticas. Dois meses antes, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, já havia sinalizado a possibilidade de sua aplicação contra Moraes, que teve seu visto americano revogado recentemente. A medida é vista como uma retaliação às ações do ministro no STF, onde é acusado de perseguir Bolsonaro e grandes empresas de tecnologia.

O Itamaraty considera a sanção como uma agressão e uma das maiores crises diplomáticas da história recente entre Brasil e Estados Unidos. Em meio a esse cenário, a expectativa é que Moraes se pronuncie para esclarecer a posição brasileira e reafirmar a continuidade dos trabalhos no STF, de acordo com publicação da GloboNews.