POLÍTICA


Rui critica modelo de emendas parlamentares: ‘Não existe em nenhum lugar do mundo’

"Esse modelo não existe e esse modelo não ajuda o povo", afirmou o ministro da Casa Civil

Ailton Fernandes/Casa Civil

 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou nesta segunda-feira (15) o modelo de execução do orçamento federal, principalmente o volume destinado às emendas parlamentares. Para ele, não é possível eleger um governador, um presidente, e eles não terem condições de governar.

“O que eles estão fazendo com o país não existe em nenhum lugar do mundo. Você pegar metade do orçamento livre de uma união de um país e botar para emenda parlamentar. Para facilitar a conta para o povo que está lendo, ouvindo, assistindo. O Brasil tem livre, tirando as despesas obrigatórias, aquilo que você é obrigado a pagar. Aposentadoria das pessoas, salário. O que é obrigado a pagar, que a gente chama de despesas obrigatórias. Que o governante não pode escolher, pago ou não pago. Ele é obrigado a pagar, igual a dona de casa. Chega a conta de luz, ela não tem alternativa, ela tem que pagar. Se não pagar, vai cortar”, disse Rui em entrevista coletiva durante vistoria técnica às obras de macrodrenagem do Canal Mangabeira, em Salvador.

“Tirando as despesas obrigatórias, o país tem R$ 100 bilhões para investir, de investimento. Metade disso está com o Congresso para fazer emenda, e a outra metade está no PAC para fazer aeroporto, porto, rodovia, ferrovia, hospital, escola, creche, universidade, para fazer tudo, para fazer tudo isso, esgoto, água, drenagem, tudo tem 50. Ou seja, 50 para fazer tudo e 50 para emenda parlamentar. Que lugar do mundo existe isso? Eu não conheço. Não existe. Não existe lugar nenhum do mundo que o parlamento execute metade, 30%, 20% do orçamento. Esse modelo não existe e esse modelo não ajuda o povo. Só prejudica. Na minha opinião, esse modelo está falido e precisa ser consertado”, disse o ministro.