POLÍTICA


Rui Costa critica filhos de Bolsonaro e chama tarifa de Trump de ‘chantagem internacional’

Ministro da Casa Civil cumpriu agenda em Salvador, neste domingo (13)

Foto: Ailton Ferreira/Casa Civil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou, neste domingo (13), durante agenda em Salvador à postura dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a divulgação de vídeos por aliados do ex-mandatário em reação ao avanço das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

“Parece filme de sequestrador. O cara aparece e diz: ‘ou me paga, ou faz o que eu quero, ou vai sofrer as consequências’. Isso não dá nem para imaginar na história do Brasil. Vai ficar registrado como uma lembrança triste, como foi o governo deles”, disparou o ministro.

Rui também relembrou os tempos da pandemia da Covid-19 e criticou o negacionismo do antigo governo, que, segundo ele, resultou em “perdas irreparáveis”.

“Chantagem pura”, diz Rui sobre tarifa

Em outro momento, Rui Costa comentou a ameaça feita pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas comerciais de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, segundo Trump, estaria relacionada à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro.

“Quando vimos a notícia, achamos que era fake. Teve gente que pensou que era um hacker na conta do presidente americano. Nunca vimos isso na diplomacia internacional. É inaceitável alguém dizer: ‘ou você liberta alguém que está respondendo a processo criminal ou vamos penalizar seu povo, sua economia’. Isso não é diplomacia, é chantagem pura”, afirmou.

Governo prepara resposta

Segundo Rui, o governo federal já montou um grupo de trabalho interministerial, coordenado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, para avaliar medidas de resposta à possível tarifa. O grupo envolve a Casa Civil, os ministérios da Fazenda, Relações Institucionais e Indústria e Comércio.

“Se essa tarifa for efetivada, o Brasil vai agir. Teremos medidas concretas para proteger a economia, os empregos e os interesses do nosso país. Já estamos preparando tudo para, se necessário, até 1º de agosto respondermos à altura”, garantiu o ministro.

Ele ainda lamentou a postura de parlamentares brasileiros que, segundo ele, estariam atuando contra o próprio país. “É triste ver brasileiros eleitos pelo povo defenderem os interesses de outro governo em vez de proteger o Brasil”, concluiu.