PT vai usar cédulas de papel para escolher presidente do partido em julho
Segundo partido, quatro TREs negaram empréstimo das urnas eletrônicas; havia ainda negociações com outras sete Cortes eleitorais

Foto: Reprodução/TSE
O Partido dos Trabalhadores (PT) vai eleger o seu novo presidente, em eleição prevista para o dia 6 de julho, através de cédulas de papel. A decisão foi tomada em reunião da Executiva nacional, na quarta-feira (21), diante da impossibilidade de empréstimo, junto aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), das urnas eletrônicas.
Em março, a cúpula do partido se reuniu com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, para pedir as urnas emprestadas. A magistrada, no entanto, disse que cabia aos TREs de cada Estado decidir.
O partido pretendia usar as urnas eletrônicas por considerá-las mais seguras na aferição dos votos de cerca de 3 milhões de filiados em todo o país.
No entanto, das 27 Cortes eleitorais, quatro negaram o pedido dos petistas: Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco. Já em outros sete estados, o processo estava em negociação: Roraima, Santa Catarina, Piauí, São Paulo
Paraná, Tocantins e Acre.
Entre as alegações para a negativa estiveram falta de segurança e dificuldades logísticas para autorizar o uso dos equipamentos. Geralmente, as urnas eletrônicas são emprestadas de forma gratuita e os custos logísticos são bancados por aqueles que os utilizam.
“Como a Justiça Eleitoral não teve condições de disponibilizar as urnas eletrônicas para a realização do PED [Processo de Eleição Direta] em todos os municípios do Brasil decidimos manter nosso PED com voto em cédula”, explicou o secretário-geral nacional do PT, Henrique Fontana, ao Poder 360.
Desta forma, As cédulas serão produzidas pelo próprio partido e a contagem dos votos será manual.