POLÍTICA


PT aposta em ampliar militância para as redes sociais, diz novo secretário de Comunicação

Éden Valadares afirma que partido vai intensificar diálogo digital sem abrir mão da mobilização nas ruas

Foto: Divulgação

 

O novo secretário nacional de Comunicação do PT, Éden Valadares, destacou nesta sexta-feira (5) que a legenda pretende ampliar sua presença digital, levando para as redes sociais a mesma força de mobilização já reconhecida nas ruas. Em entrevista ao podcast Café PT, o dirigente afirmou que a capacidade de comunicação do partido é um dos fatores centrais para explicar sua trajetória de protagonismo nas eleições presidenciais desde 1989.

Segundo Valadares, a militância petista é um diferencial que o partido pretende reforçar também no ambiente digital. “Um partido desse tamanho, o maior partido do Brasil, que já produziu grandes campanhas, eternizou grandes jingles, entendeu, nos últimos anos, o papel das redes sociais nas disputas das eleições e também em mostrar como nosso projeto vem transformando para melhor a vida do povo brasileiro”, afirmou.

O secretário destacou ainda que a chegada das novas tecnologias mudou a forma de se comunicar e que o desafio é usá-las para aproximar as pessoas em vez de isolá-las. “Ao mesmo tempo em que nosso celular nos conectou com o mundo todo, ele também nos afastou e nos individualizou. E nosso esforço em reunir pessoas para dialogar com a classe trabalhadora, mobilizar a classe trabalhadora e aqueles que mais precisam, os mais pobres desse país, passa também por entender o papel desse aparato tecnológico, a chegada das redes sociais”, disse o secretário.

Valadares ressaltou que o PT tem trabalhado para fortalecer sua atuação nas plataformas digitais, sem abrir mão da mobilização presencial. Para ele, essa combinação é fundamental para enfrentar a disseminação de fake news e discursos de ódio e, ao mesmo tempo, consolidar a disputa política em todos os espaços da sociedade. “O PT entendeu que além da arena da disputa política no trabalho, na escola, na faculdade, na roça, nas praças e nas ruas existe também essa dimensão das redes. É um espaço de disputa política que nenhum partido que quer construir hegemonia no país pode estar de fora, e nós estamos lá”.