POLÍTICA


Presidente da CCJ, Otto rechaça anistia irrestrita a investigados pelo 8/1

Oposição quer perdão de Jair Bolsonaro e de outros investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que não irá pautar anistia ampla, geral e irrestrita dos investigados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023. Os investigados passaram a ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) esta semana.

“Anistiar agentes de Estado seria inconstitucional. Quem atentou contra a democracia deve ser punido”, disse o senador baiano, em entrevista publicada nesta terça-feira (9), ao jornal O Globo.

Otto, porém, não descarta anistiar outros grupos de envolvidos. “Os que foram pagos podem ter punição revisada. O que Davi Alcolumbre [presidente do Senado] quer é mudar esses artigos para as velhinhas, quem derrubou o relógio. Se aprovar na Câmara e no Senado, o juiz diminui a pena”, continuou.

Durante atos de 8 de janeiro de 2023, Congresso, STF e Palácio do Planalto foram invadidos. Os participantes dos atos, que aconteceram em Brasília, protestaram contra o presidente na época recém-eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os investigados, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Vi uma declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) dizendo que só aceita a anistia se incluir o pai. Imagina a arrogância de um deputado federal: vai para os Estados Unidos e diz que só aceita se incluir o pai”, concluiu Otto.