POLÍTICA


Presidente da Câmara descarta exceção para Eduardo Bolsonaro manter mandato fora do Brasil

Segundo Hugo Motta, a situação seria uma excepcionalidade que 'não se justifica'

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou que não fará nenhum movimento para alterar o regime interno da Casa e permitir que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) continue exercendo o mandato nos Estados Unidos.

Segundo Motta, em entrevista ao Metrópoles, essa seria uma excepcionalidade que “não se justifica para o momento”. Para o presidente da Casa, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está fora do Brasil por “escolha política”.

“Temos um problema político-jurídico que envolve o deputado Eduardo Bolsonaro, que tomou a decisão de ir para os Estados Unidos e lá ficar, defendendo teses que lhe são caras”, disse.

Eduardo, que está nos EUA desde março deste ano após alegar “perseguição política”, esteve oficialmente licenciado do mandato de deputado federal entre 22 de março e 20 de julho de 2025. Com o término da licença de 120 dias, ele foi automaticamente reintegrado ao cargo, mas, devido ao recesso parlamentar, que se estendeu até o dia 4 de agosto, suas ausências ainda não foram contabilizadas.

A partir desta data, no entanto, o deputado passa a ter suas presenças novamente registradas em plenário e, caso deixe de comparecer a mais de um terço das sessões ordinárias sem apresentar justificativa formal, como atestado médico ou missão oficial, poderá ser alvo de sanções previstas na Constituição, incluindo a abertura de processo que pode levar à perda do mandato.