POLÍTICA

Prefeito rebate Geraldo Júnior e diz que retirada de linhas de ônibus em Salvador foi exigência do Estado

Segundo Bruno Reis, integração foi exigida após metrô ser repassado à gestão estadual

Publicado em 09/06/2025 às 18h13.
Por Emilly Lima / Lucas Vieira

Foto: Betto Jr. / Secom PMS

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), rebateu nesta segunda-feira (9) as críticas do vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), que voltou a comentar sobre a desativação de linhas dos ônibus da capital baiana para integrar com o BRT.

Segundo o gestor municipal, ao contrário das alegações do vice-governador, a mudança nas linhas foi uma exigência do governo do Estado após a transferência da operação do metrô da prefeitura para a gestão estadual, ainda na época do ex-prefeito ACM Neto (UB).

“Não tenho mais nada para rebater e falar, porque quem fez isso por mim foi o povo na última eleição, quando deu a resposta sobre esse assunto. Com a devida franqueza, toda a integração que houve das linhas foi por demanda, por exigência do governo do Estado, em virtude do contrato que existe, quando do repasse do metrô para o governo do Estado”, afirmou Bruno Reis durante a entrega de mais de 2 mil títulos de propriedade do programa Casa Legal.

O prefeito destacou ainda que está tranquilo quanto à legalidade das ações da prefeitura e que não medo de ter processado pelo Ministério Público a pedido do Estado. “Tenho 28 anos de vida pública, nunca respondi a um inquérito, um processo, minhas contas devidamente aprovadas pelo Tribunal de Contas. Mas se tem um processo que eu estou doido para responder, é o da integração das linhas. Estou esperando que o Ministério Público me processe a pedido do governo do Estado”, disparou.

Bruno Reis aproveitou para alfinetar o governo da Bahia e afirmou que até os dias de hoje a prefeitura recebe ofícios do Estado pedindo que mais linhas sejam integradas ao sistema metroviário. Ele reforçou que, mesmo diante desse cenário, a gestão municipal tem trabalhado para restabelecer os trajetos diretos de ônibus.

“Usar este argumento é, no mínimo, agir de má fé, tendo em vista que ainda nesse momento há diversos ofícios de cobrança do governo do Estado para que sejam integradas as linhas, para que mais linhas as pessoas sejam obrigadas a passar pelo metrô. O que nós estamos fazendo é retornar essas linhas. Retornamos já diversas depois da eleição e estou retornando as outras na expectativa que esse processo chegue para que eu possa responder”, concluiu.

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