POLÍTICA


Prefeito de Salvador critica aumento de impostos e diz que alta do IOF agrava recessão econômica

Segundo Bruno Reis, a medida impacta o bolso dos cidadãos e na arrecadação das prefeituras

Foto: Lucas Vieira/MundoBA

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), criticou nesta segunda-feira (9) a decisão do governo federal de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo o gestor, a medida afeta diretamente o consumo da população, agrava a recessão econômica e compromete a arrecadação de municípios como a capital baiana.

“O IOF atinge principalmente a classe média e de baixa renda, que ainda busca investimentos mais seguros. De um lado, sem conseguir cortar gastos do governo federal, do outro lado aumentando impostos, que vai incidir ainda mais sob a vida das pessoas, sob o consumo das pessoas, isso vai gerar ainda mais recessão, menos crescimento econômico e isso impacta na arrecadação das prefeituras”, afirmou Bruno durante a entrega de mais de 2 mil títulos de propriedade do programa Casa Legal.

O prefeito destacou que a expectativa de crescimento econômico é determinante para a formulação dos orçamentos municipais. Com o aumento de tributos e a alta da taxa Selic, ele aponta um cenário de aperto financeiro tanto para os governos quanto para os cidadãos.

“Me coloco no lugar das pessoas que estão endividadas, que estão com financiamento, seja da parcela de sua casa, do seu carro, de algum eletrodoméstico, que está aí com essa taxa Selic elevada, seja o custo de vida. O problema é que o dinheiro perdeu o valor, a pessoa hoje vai no mercado e com 300 reais não consegue comprar mais quase nada”, avaliou.

Apesar das dificuldades enfrentadas, o gestor da capital baiana reforçou que trabalha com o orçamento disponível da cidade, buscando equilíbrio nas contas. “A gente tem as nossas limitações e espero que o país possa dar uma guinada, mudar esta realidade, volte a crescer, volte a ampliar a arrecadação, para que a gente possa valorizar ainda mais os servidores e também para que a população possa sofrer menos.”

“A solução para o país é crescimento econômico, geração de emprego e renda, é redução de gastos, não aumento de imposto”, concluiu.