POLÍTICA


PF pressiona para conclusão do inquérito da “Abin Paralela” e deve indiciar aliados dos governos Bolsonaro e Lula

“Abin Paralela” foi uma estrutura supostamente montada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para monitorar ilegalmente adversários políticos

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

A cúpula da Polícia Federal (PF) tem pressionado delegados responsáveis a concluir nas próximas semanas o inquérito que investiga a existência de uma “Abin Paralela” — estrutura supostamente montada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para monitorar ilegalmente adversários políticos.

A apuração, conduzida por membros da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da PF, ganhou complexidade ao longo de 2024 após a descoberta de novas ferramentas espiãs utilizadas por agentes investigados. O avanço nas diligências resultou em pedidos sucessivos de prorrogação do prazo, o que causou incômodo na cúpula da corporação, que agora cobra celeridade na finalização do caso.

Apesar da expectativa inicial de que o inquérito fosse encerrado ainda no fim do ano passado, a PF agora trabalha com a previsão de encerramento nas próximas semanas, com possíveis indiciamentos de agentes públicos ligados tanto ao governo Bolsonaro quanto à atual gestão Lula, incluindo nomes da atual cúpula da Abin indicados pelo governo federal.