POLÍTICA


Líder da oposição critica 20º pedido de empréstimo de Jerônimo: ‘Dinheiro jogado fora’

Caso nova operação seja autorizada pela Alba, soma pode chegar a R$ 25 bilhões em menos de três anos de mandato

Foto: Assessoria/Tiago Correia

 

O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Tiago Correia (PSDB), criticou o 20º pedido de empréstimo enviado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e cuja soma pode chegar a R$ 25 bilhões em menos de três anos de mandato. O projeto de lei do Executivo visa a obtenção de R$ 2 bilhões, valor a ser financiados pelo Banco do Brasil, sob garantia da União, segundo publicação no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (5).

Para Correia, o governo está aumentando o endividamento do estado sem entregar resultados proporcionais.
“Não somos contra a antecipação de recursos. O governo perde oportunidade, insiste. A sensação é que esses recursos são jogados fora, e a Bahia está perdendo a oportunidade de ter investimentos que poderiam mudar a realidade do baiano”, disse.

Segundo Correia, áreas estratégicas continuam com desempenho negativo mesmo após uma sequência de empréstimos. Ele citou a segurança pública, área em que a Bahia lidera indicadores de violência no país. Na educação, o líder da oposição apontou que o estado tem o maior índice de analfabetismo adulto do Brasil e um dos piores resultados no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) entre as redes estaduais.

O deputado mencionou ainda a fila da regulação na saúde, classificada por ele como “fila da morte”, diante da dificuldade de pacientes conseguirem atendimento especializado.

“Recebo diariamente pedidos de amigos do interior e da capital para ajudar, porque tem algum parente, um irmão, um primo, um conhecido na fila da regulação. Então a pergunta que eu faço é: de que maneira os recursos dos empréstimos estão sendo investidos? Qual a qualidade destes investimentos? Será que estamos perdendo a oportunidade de realizar os investimentos que mudariam a Bahia e jogando esses recursos fora?”, questionou.

De acordo com a gestão estadual, o montante será destinado a obras de mobilidade e infraestrutura, numa operação de crédito sob garantia da União.

O pedido mais recente havia sido feito em agosto, no valor de R$ 4,5 bilhões.