POLÍTICA


‘O que mudou na sua vida?’, questiona Flávio Bolsonaro ao criticar 20 anos de PT na Bahia

Pré-candidato à Presidência associa violência, desemprego e dependência de programas sociais ao governo do PT

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

 

Pré-candidato à Presidência da República em 2026, Flávio Bolsonaro (PL) fez duras críticas à gestão do PT na Bahia, nessa segunda-feira (15), e associou problemas como violência, desemprego e dependência de programas sociais ao período em que o estado é governado por partidos de esquerda.

“Você que mora na Bahia, vocês são governados pela esquerda há 20 anos, o que que melhorou na sua vida? Olha como é que tá a sua segurança pública, você consegue sair na rua? Você tá vendo a sua cidade ser dominada por narcoterroristas? Você tá conseguindo emprego? Você precisa do Bolsa Família de R$ 600 pra ter o que comer e você acha isso bom?”, questionou o político em entrevista exclusiva para Leo Dias.

O senador afirmou ouvir com frequência relatos de eleitores que associam suas conquistas pessoais aos governos petistas, mas, segundo ele, vivem em condições precárias. “Eu costumo ver muita gente da Bahia falando o seguinte: ‘Eu devo tudo que eu tenho ao Lula’, aí você vai ver o que a pessoa tem e ela mora em uma palafita, o filho dela brinca em uma vala a céu aberto na porta de casa, ela não consegue arrumar emprego, quando arruma emprego não tem uma creche para deixar o seu filho e sua filha para poder trabalhar em paz”, declarou.

“No meio do caminho, ela pode tomar pistolada na cabeça porque querem roubar o celular e a bolsa dela e o governo não faz nada”, acrescentou.

Flávio ainda reforçou o discurso de oposição ao atual campo político. “Ou vocês são sadomasoquistas, quem tá votando na esquerda, ou você vota no outro governo que é a oposição, que é o caminho que nós vamos querer levar não só para a Bahia, mas para o Brasil, de ordem e prosperidade, que é o que eu vou perseguir todos os dias”, disse.

Durante o programa, o político também comentou sobre sua decisão de se colocar como pré-candidato ao Palácio do Planalto e afirmou que não se trata de um projeto pessoal nem de uma estratégia para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em evidência. “Eu não estou fazendo isso por um projeto pessoal. Eu não coloco o meu nome porque quero manter o Bolsonaro em evidência. Não é nada disso”, afirmou.

Segundo o senador, a eventual candidatura representa uma saída de sua zona de conforto. “Eu tenho uma reeleição para o Senado muito bem encaminhada no Rio [de Janeiro]. Eu estou em primeiro nas pesquisas no Rio. Podia ser candidato a senador, chance grande de me reeleger. Oito anos fazendo o que eu gosto. Eu amo ser senador. Eu sou advogado também, sou empresário, mas eu amo ser senador. Estou saindo da minha zona de conforto porque, para mim, eu sou a pessoa mais preparada e com a consciência do que eu tenho que fazer para mudar e transformar o Brasil de verdade do que os outros, senão eu ficava na minha zona de conforto”, concluiu.