POLÍTICA


MST critica ritmo de políticas agrárias e pressiona governo Lula

Movimento afirma que cerca de 400 mil famílias assentadas ainda aguardam políticas públicas efetivas

Foto: Acervo/MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou, durante a Semana Internacional da Agricultura Familiar, uma carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrando avanços na reforma agrária e relacionando o tema ao recente aumento de tarifas comerciais imposto pelos Estados Unidos. O movimento afirma que cerca de 400 mil famílias assentadas ainda aguardam políticas públicas efetivas.

Intitulado “Lula, cadê a reforma agrária?”, o documento expressa insatisfação com o ritmo das ações do governo federal na área. Segundo o MST, a lentidão na implementação de políticas públicas compromete a produção de alimentos e a segurança alimentar do país, afetando diretamente a soberania nacional.

O movimento conecta a pauta da reforma agrária às recentes tensões comerciais com os Estados Unidos. Para o MST, fortalecer a produção agrícola nacional é essencial para enfrentar medidas externas, como o “tarifaço” americano, e garantir a autonomia econômica do Brasil.

Embora apoie a defesa da soberania nacional feita pelo governo, o MST mantém críticas à gestão federal quanto à velocidade na execução das políticas de reforma agrária. O movimento defende que acelerar os assentamentos e a estruturação das famílias já instaladas é fundamental para fortalecer o setor agrícola e reduzir a dependência de importações.