POLÍTICA


Moraes rejeita pedido de prisão domiciliar humanitária feito pela defesa de Bolsonaro 

Ministro do STF considerou solicitação prejudicada após prisão preventiva; aliados do PL articulam mobilização em frente à sede da PF 

Foto: Reprodução/STF e Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes considerou prejudicado o pedido apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a concessão de prisão domiciliar humanitária. A solicitação havia sido protocolada na tarde de sexta-feira (21), com a apresentação de diversos laudos médicos. 

Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado (22), por decisão de Moraes, sob argumento de risco de fuga. A detenção não está relacionada ao cumprimento da condenação de 27 anos no processo da chamada trama golpista. 

Como a prisão preventiva já havia sido decretada, Moraes afirmou que o pedido da defesa perdeu objeto. O ministro também considerou prejudicado o requerimento para autorização de visita a 16 pessoas, entre elas os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Júlia Zanatta (PL-SC) e Bia Kicis (PL-DF), além do senador Carlos Portinho (PL-RJ). A lista incluía ainda o ex-desembargador Sebastião Coelho e o padre Kelmon. 

Ala do PL se mobiliza para acampar na sede da PF 

Após a decretação da prisão preventiva, uma ala do Partido Liberal (PL) passou a articular a instalação de um acampamento em frente à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A movimentação tem ganhado força entre grupos de apoiadores do ex-presidente, com participação ativa de alguns parlamentares do partido em redes sociais.